domingo, 27 de maio de 2012

Teste e simulados

Encontrei nesse site testes e simulados muito interessantes.

http://www.vestibular1.com.br/exercicios/especificos_portugues.htm

Formação das palavras


Processo de Formação das palavras
Os principais processos de formação são:

Derivação Processo de formar palavras no qual a nova palavra é derivada de outra, chamada de primitiva. Os processos de derivação são:

Derivação PrefixalA derivação prefixal é um processo de formar palavras no qual um prefixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: re/com/por (dois prefixos), desfazer, impaciente. 

Derivação SufixalA derivação sufixal é um processo de formar palavras no qual um sufixo ou mais são acrescentados à palavra primitiva.

Ex.: realmente, folhagem. 

Derivação Prefixal e Sufixal
A derivação prefixal e sufixal existe quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma independente, ou seja, mesmo sem a presença de um dos afixos a palavra continua tendo significado. 

Ex.: deslealmente (des- prefixo e -mente sufixo). Você pode observar que os dois afixos são independentes: existem as palavras, desleal e lealmente. 

Derivação ParassintéticaA derivação parassintética ocorre quando um prefixo e um sufixo são acrescentados à palavra primitiva de forma dependente, ou seja, os dois afixos não podem se separar, devendo ser usados ao mesmo tempo, pois sem um deles a palavra não se reveste de nenhum significado.

Ex.: anoitecer (a- prefixo e -ecer - sufixo), neste caso, não existem as palavras anoite e noitecer, pois os afixos não podem se separar. 

Derivação RegressivaA derivação regressiva existe quando morfemas da palavra primitiva desaparecem.

Ex.: mengo (flamengo), dança (dançar), portuga (português). 

Derivação ImprópriaA derivação imprópria, mudança de classe ou conversão ocorre quando a palavra, pertencente a uma classe, é usada como fazendo parte de outra.

Exemplos:

coelho - substantivo comum, usado como substantivo próprio - Daniel Coelho da Silva. 

verde, geralmente usado como adjetivo - Comprei uma camisa verde-, é usado como substantivo: O verde do parque comoveu a todos.

Estrutura das palavras


Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a palavra, denominados de morfemas. São os seguintes os morfemas da Língua Portuguesa.
Radical
O que contém o sentido básico do vocábulo. Aquilo que permanecer intacto, quando a palavra for modificada.
Ex. falar, comer, dormir, casa, carro.

Observe a figura abaixo para ver as palavras formadas a partir do radical Ferr-





Vogal Temática
Nos verbos, são as vogais A, E I, presentes à terminação verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence:
• 1ª conjugação = Verbos terminados em AR.
• 2ª conjugação = Verbos terminados em ER.
• 3ª conjugação = Verbos terminados em IR.

Cuidado para não confundir vogal temática de substantivo e adjetivo com desinência nominal de gênero, que estudaremos mais à frente.
Tema
É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for terminado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre será a soma do radical com a vogal temática - estuda, come, parti; em se tratando de substantivos e adjetivos, nem sempre isso acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta, past é o radical,a, a vogal temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o radical e o tema são o mesmo elemento - leal, pois não há vogal temática; e na palavra tatu também, mas agora, porque o radical é terminado pela vogal temática.
Desinências
É a terminação das palavras, flexionadas ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de modificá-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos os substantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem dois tipos de desinências:
Desinências verbais
Modo-temporais = indicam o tempo e o modo. São quatro as desinências modo-temporais:
-va- -ia-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia.
-ra-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo = estudara, vendera, partira.
-ria-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria.
-sse-, para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse.
Número-pessoais = indicam a pessoa e o número. São três os grupos das desinências númeropessoais.
Grupo Ii, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu cantaste,
ele cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram.
Grupo II-, es, -, mos, des, em, para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu
cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. Quando eu puser,
tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles puserem.
Grupo III-, s, -, mos, is, m, para todos os outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós
cantamos, vós cantais, eles cantam.
Desinências nominais
de gênero = indica o gênero da palavra. A palavra terá desinência nominal de gênero, quando houver a
oposição masculino - feminino. Por exemplo: cabeleireiro - cabeleireira. A vogal será desinência
nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja
terminado em o. Por exemplo: crua, ela, traidora.
de número = indica o plural da palavra. É a letra s, somente quando indicar o plural da palavra. Por
exemplo: cadeiras, pedras, águas.
Afixos: São elementos que se juntam a radicais para formar novas palavras. São eles:
Prefixo: É o afixo que aparece antes do radical. Por exemplo destampar, incapaz, amoral.
Sufixo: É o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo pensamento, acusação, felizmente.
Vogais e consoantes de ligação: São vogais e consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Por exemplo flores, bambuzal, gasômetro, canais.


segunda-feira, 7 de maio de 2012

Concordância Verbal


Regra Geral
O verbo de uma oração deve concordar em número e pessoa com o sujeito, para que a linguagem seja clara e a escrita esteja de acordo com as normas vigentes da gramática. Observe:

1. Eles está muito bem. (incorreta)
2. Eles estão muito bem. (correta)

O sujeito “eles” está na 3ª pessoa do plural e exige um verbo no plural. Essa constatação deixa a primeira oração incorreta e a segunda correta.

Primeiramente, devemos observar quem é o sujeito da frase, bem como analisar se ele é simples ou se é composto.

Sujeito simples é aquele que possui um só núcleo e, portanto, a concordância será mais direta. Vejamos:

1. Ela é minha melhor amiga.
2. Eu disse que eles foram à minha casa ontem.

Temos na primeira oração um sujeito simples “Ela”, o qual concorda em pessoa (3ª pessoa) e número (singular) com o verbo “é”.
Já na segunda temos um período formado por duas orações: “Eu disse” que “eles foram à minha casa ontem”. “Eu” está em concordância em pessoa e número com o verbo “disse” (1ª pessoa do singular), bem como “eles” e o verbo “foram” (3ª pessoa do plural).

Lembre-se que período é a frase que possui uma ou mais orações, podendo ser simples, quando possui um verbo, ou então composto quando possuir mais de um verbo.

Sujeito composto é aquele que possui mais de um núcleo e, portanto, o verbo estará no plural. Vejamos:

1. Joana e Mariana saíram logo pela manhã.
2. Cachorros e gatos são animais muito obedientes.

Na primeira oração o sujeito é composto de dois núcleos (Joana e Mariana), que substituído por um pronome ficará no plural: Joana e Mariana = Elas. O pronome “elas” pertence à terceira pessoa do plural, logo, exige um verbo que concorde em número e pessoa, como na oração em análise: saíram.
O mesmo acontece na segunda oração: o sujeito composto “cachorros e gatos” é substituído pelo pronome “eles”, o qual concorda com o verbo são em pessoa (3ª) e número (plural).
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Concordãncia Nominal

 






















Porque é que se diz com verbo sempre no singular: Um é pouco, dois é bom, três é demais


Segundo o professor Sacconi (2008): o verbo ser fica no plural antes de muito, pouco, demais, nada, etc., geralmente quando o sujeito dá ideia de preço, quantidade, peso, medida, etc.

Ex: Dez reais é muito por um jornal.
Quinze metros é pouco para fazer um vestido para essa mulher.
Trezentos quilos é demais para esse carrinho levar.

Um certo presidente da República, de um certo país sul-americano de fala portuguesa, declarou recentemente: Quatro anos para quem está governando é muito pouco, mas para quem está a oposição quatros anos é uma eternidade. Perfeito.

Dia desse, uma repórter de televisão soltou esta: Vinte e quatro horas por dia não “são” para dar conta de tanta programação oferecida por São Paulo nesta semana de outubro: é Salão do Automovel, corrida de Formula 1, festival de cinema, etc. Sem querer, ela própria está se constituindo numa atração (pelo avesso)...

sábado, 5 de maio de 2012

O julgamento de Capitu

No livro Dom Casmurro, não fica claro se Capitu traiu ou não Bentinho.
Resolvi unir o útil ao agradável,  o jornal Extra Online, por meio do texto de João Arruda e arte de Vinícius Mitchell criou a historia em quadrinhos, instigando os leitores a pensar se a personagem Capitu traiu ou nao Bentinho.






Fonte:http://www.jefferson.blog.br/2008/12/o-julgamento-de-capitu.html

Dom Casmurro


Análise de obra de Machado de Assis

Márcia Lígia Guidin*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Se você ler essa obra de Machado de Assis com atenção, verá que Bentinho(apelidado de "casmurro", de velho, viúvo e calado) decide contar sua história desde a infância para compreender algo mais do que o suposto adultério de sua mulher: ele quer saber se ela sempre foi como ele a via depois do casamento: falsa e dissimulada. Enquanto Bentinho narra seus amores, ele manipula nossas opiniões, pois vai dando pistas de que ela poderia mesmo tê-lo traído e ter tido um filho com o melhor amigo dele.

Mas fique esperto: é a voz dele, rico e bem-sucedido advogado, que você lê.Capitu não está mais lá no seu "julgamento" para se defender. Ela já havia morrido. E ele precisa entender o que houve com seu amor e seu casamento. Ele é, se não nos deixamos enganar e o lermos melhor, um homem conservador, patriarcal, inseguro (filho único de D. Glória, viúva rica). Inseguro e mimado desde menino, só soube, por exemplo, que gostava de Capitu quando ouve, aos quatorze anos, atrás da porta, uma conversa deJosé Dias, o agregado da família com sua mãe.

Leva um susto, pois descobre o amor pela voz de outra pessoa. Crescido, depois de conseguir se livrar do seminário a que estava destinado por promessa de sua mãe (leia a "negociação" que fizeram com Deus...é deliciosa), casa-se com Capitu. E pouco depois do nascimento do filho começam os ciúmes.

Tema de Dom Casmurro

Do romance "Dom Casmurro", pode-se dizer que o tema é mais o ciúme que o adultério. Por que a questão central não é o adultério? Porque não sabemos (nem saberemos) se Capitu o traiu. Machado escreve o romance com total ambiguidade, dando sinais de que de fato a mulher poderia ter traído o marido, mas este, contando sua própria história e sendo tão frágil, também pode ser um psicótico. Esse romance é o resultado de um exercício de escrita fabuloso, pois até hoje discute-se a força dos argumentos do narrador de "Dom Casmurro".

Contos de Machado de Assis

Mas por falar em adultério, muitos são os contos que falam dele: "Missa do Galo", "Singular Ocorrência", "Noite de Almirante", "A Cartomante", "Último Capítulo". Nm deles, o marido trai a mulher com sua melhor amiga - chama-se A Senhora do Galvão. A esposa recebe muitas cartas anônimas, mas como não quer perder a vida confortável que tem, rasga-as todas. O escritor anônimo fica furioso, por não poder sequer usufruir da vaidade de ter sido moralista... Vale a pena ler.

vaidade acompanha muitas obras de Machado de Assis: desde o romance "Brás Cubas" até o último, "Memorial de Aires", sempre há os vaidosos e os exibicionistas. Crueldade disfarçada? Leia o conto "Pai contra mãe".

E, para ver como o homem é um ser contraditório, não deixe de lado o conto "A igreja do diabo": depois de tanto esforço, cansado de ser humilhado o diabo contruiu sua igreja. E não é que os adeptos, que eram muitos e muitos começaram a praticar boas ações às escondidas? Essa nem o diabo aguentou...

Ler Machado de Assis é muito mais do que uma obrigação; é um modo de compreender melhor a sociedade na qual vivemos e da qual usufruímos. Valores éticos e morais muitas vezes são relativizados. E foi essa máscara que Machado de Assis levantou com destreza, bom humor e ceticismo.

Boa leitura!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Fi-lo porque qui-lo

Olhando as comunidades do orkut, achei muito interessante o post com o título Fi-lo porque qui-lo, então resolvi postar aqui. Quem escreveu foi o Fabio Fernandes.

"Fi-lo porque qui-lo" - Nossa! Quando se usa isso?
Antes de mais nada, vamos traduzir a famosa frase de Jânio Quadros:

"Fi-lo porque qui-lo". Ou seja: Eu o fiz porque o quis. Melhor ainda: Só fiz porque quis. (Sem o pronome e sem mais detalhes)

Mais uma frase dele: "Bebo porque é líquido, se fosse sólido, comê-lo-ia!"

Mas será que Jânio Quadros só queria se exibir para mostrar que fala o nosso português corretamente ou era de praxe (por hábito)?

Tem mais: Certo dia, numa prova de português para uma vaga de Operador de Telemarketing, caiu a seguinte questão:

Qual das alternativas abaixo é uma MESÓCLISE? 

a) Dar-te-ei o céu e as estrelas.
b) Te darei o céu e as estrelas.
c) Posso dar-te o céu e as estrelas.

Os candidatos se enfureceram e ironizaram: "O que é isso? É de se comer?" "Isso é Vestibular?" "É algum palavrão, gíria"?

Outro candidato que provavelmente estava por dentro do assunto foi mais longe: "Quer dizer que se estiver atendendo um cliente e pedir para ele aguardar eu digo: Sr. Fulano de Tal, aguarde um pouco que logo PASSAR-TE-EI as informações necessárias"?

Em resumo, pelo o que pesquisei, a frases do Jânio Quadros são uma ÊNCLISE e uma MESÓCLISE. A primeira com pronomes oblíquos átonos depois do verbo. E a segunda com pronomes oblíquos átonos entre o verbo sempre a frase indicar Futuro do Presente ou do Pretérito. E ainda tem a tal PRÓCLISE. Pronome oblíquo átono antes do verbo: Mechame depois.

A pergunta do tópico é sobre a ÊNCLISE. Mas, na verdade, quando se usa ou em qual situação se usa a MESÓCLISE?

Eu te darei = Dar-te-ei
Eu te daria = Dar-te ia

Acho que só Na Literatura, músicas românticas, talvez no Sistema Jurídico e em provas de vestibular. Fora isso, não consigo ver um adolescente falando para a namorada:

"Aí, gatinha. Vamos até alí no escurinho onde MOSTRAR-TE-EI as maravilhas da natureza!"